Um estudo recente do ADP Research Institute revelou uma realidade alarmante: 67% dos trabalhadores brasileiros estão sendo negativamente impactados pelo estresse no ambiente de trabalho. Essa estatística coloca o Brasil acima da média global, que ficou em 65%.
O relatório, intitulado “People at Work 2023: A Global Workforce View”, também revelou uma queda na percepção dos trabalhadores em relação ao apoio oferecido pelos gestores em questões de saúde mental. Apenas 64% dos entrevistados sentem que recebem esse apoio, em comparação com os 70% registrados no ano anterior. Além disso, mais da metade dos trabalhadores (57%) acredita que seus superiores não estão preparados para abordar questões de saúde mental de forma imparcial, sem julgamento.
Apesar dessas preocupações, os trabalhadores ainda mantêm um alto nível de satisfação com seus empregos atuais, com 90% deles se declarando satisfeitos. O otimismo em relação aos próximos cinco anos no local de trabalho também permanece alto, especialmente entre os mais jovens.
No entanto, o estudo aponta para uma diminuição na flexibilidade das empresas em relação às políticas de bem-estar e autocuidado. Os colaboradores relatam que as empresas estão menos propensas a oferecer serviços de aconselhamento especializado e pausas para o autocuidado do que no ano anterior.
Apesar dessas tendências preocupantes, há sinais positivos de mudança. Atividades de construção de equipes e programas de assistência estão se tornando mais proeminentes como iniciativas para promover a saúde mental dos colaboradores. Além disso, as empresas estão progredindo no desenvolvimento de iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, com cerca de 20% dos trabalhadores acreditando que uma cultura de trabalho inclusiva é fundamental para o apoio à saúde mental positiva no trabalho.
Diante desses dados, fica claro que o estresse no trabalho é um desafio crescente que requer uma abordagem holística e proativa por parte das empresas e gestores. Priorizar a saúde mental dos colaboradores não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia fundamental para promover um ambiente de trabalho saudável, produtivo e sustentável a longo prazo.
